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Historias das Quadrilhas
Historias das Quadrilhas

 

As Festas Juninas são celebradas ao longo do mês de junho. Sua origem foi às festas pagãs, com fogueiras e queimas de fogos para afugentar os maus espíritos. Elas começaram nos campos e plantações originando os trajes típicos de caipiras e sinhazinhas, com casamento de roça, discurso do padrinho, as capelinhas decoradas etc.

Com o passar do tempo, as festividades foram tomando um cunho religioso. Pela tradição, a festa junina consiste em celebrar os bons resultados da colheita e também, pedir que o próximo plantio trouxesse bons frutos.

O mês de Junho é caracterizado por danças, comidas típicas, bandeirinhas, além das peculiaridades de cada região. É a festa junina, que se inicia no dia 12 de Junho, véspera do Dia de Santo Antônio e encerra no dia 29, dia de São Pedro. O ponto mais elevado da festa ocorre entre os dias 23 e 24, o Dia de São João. Durante os festejos acontecem às quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos caipiras.

A tradição de comemorar o dia de São João veio de Portugal, onde as festas são conhecidas pelo nome de Santos Populares e correspondem a diversos feriados municipais: Santo Antônio, em Lisboa; São Pedro, no Seixal; São João, no Porto, em Braga e em Almada. Os portugueses foram os responsáveis por trazê-la ao Brasil, e logo foi inserida aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

Ao Chegar ao Brasil em 1808, Dom João e toda a corte portuguesa, trouxeram consigo hábitos festivos, dando novo vigor às celebrações urbanas, inclusive as religiosas, junto com a família real vieram os fogos de artifícios, musica e dança de salão, a mais conhecida dessas danças e que ainda resistem até hoje é a quadrilha junina. Inicialmente esta dança não esta restrita apenas ao ciclo junino, animava outras festividades ao longo do ano.

Com o fim do Império, os hábitos nobres foram saindo de moda e com o advento da República, a Quadrilha deixou de ser vista em centros urbanos, mas continuou sendo dançada em localidades e espaços rurais, no lugar dos elegantes nobres, os protagonistas da dança são agora os matutos, os caipiras, os do campo. A figura do home do interior, seus hábitos, costumes e trejeitos assumem o lugar central na festa de São João, sendo muitas vezes estereotipados pelo olhar urbano, através da literatura, propagandas, filmes, até a atualidade com as calças dos homens com remendos de pano e para as mulheres os vestidinhos de chita.

Desta maneira, o São João tornou-se a mais brasileira das festas, entre os elementos que compõe o ciclo junino (bandeiras, fogueiras, balões, brincadeiras, música e comidas), sempre sobra um espaço para referenciar os santos, em especial São João.

 

CICLO JUNINO

O ciclo junino chega com a participação do povo. Ricos e pobres festejam o ciclo junino que envolve danças, comidas típicas, superstições, adivinhações, crendices, fé e muita animação.

Para o ciclo junino são consagrados três santos do mundo católico durante o mês de junho. São eles: Santo Antônio, São João e São Pedro, que alegram as festas juninas.

Santo Antônio (13 de Junho)

O mais popular em Portugal e no Brasil é Santo Antônio. Santo português, nascido em Lisboa no ano de 1.195, é o preferido pelas mulheres como Santo casamenteiro. É também o Santo que sempre dá um jeitinho nas coisas e causas perdidas

São João (24 de Junho)

São João é o primo de Jesus Cristo, nascido no dia 24 de junho, pregador da alta moral, áspero, intolerante e ascético. Segundo Câmara Cascudo "o São João é festejado com alegrias transbordantes de um deus amável e dionisíaco com farta alimentação, músicas, danças, bebidas e uma marcada tendência sexual nas comemorações populares, adivinhações para casamento, banhos coletivos pela madrugada, prognósticos do futuro, anúncio de morte do curso do ano próximo... Segundo a tradição o Santo adormece durante o dia que lhe é dedicado tão ruidosamente pelo povo, através dos séculos e países. Se ele estiver acordado, vendo o clarão das fogueiras acesas em sua honra, não resistirá ao desejo de descer do céu para acompanhar a oblação e o mundo acabará pegando fogo".

Assim temos o hábito de acender fogueiras durante o ciclo junino, hábito vindo da Europa, quando as populações do campo festejavam a proximidade das colheitas e faziam sacrifícios para afastar os demônios da esterilidade, pestes de cereais, estiagens. Nos cultos agrícolas também se acendiam fogueiras que foram divulgados pelo domínio do folclore e da etnografia européia

São Pedro (29 de Junho)

Discípulo, Santo chaveiro, primeiro papa, é festejado no dia 29 de junho juntamente com São Paulo. Padroeiro dos pescadores o Santo é festejado com uma procissão marítima.

E nesses festejos, ao som dos fogos e da fumaça das fogueiras, não podem faltar às comidas típicas que tornam as festas mais saborosas. Milho cozido, milho assado, canjica, pamonha, bolo de milho.

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